quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Meu querido pé

Há os que digam que o dedo mindinho é a parte do corpo mais inútil. Mentira.
Você só percebe a falta que alguma coisa faz quando você a perde. Ou quebra.
Eu quebrei o dedo mindinho. Para ser mais exata, o 5º quirodáctilo.

Meu pé estava aqui, o batende da porta alí. Como um imã, eu dou uma pequena escorregadinha e pronto, os dois se encontram num choque que, para o quirodáctilo, é fatal. Sinto aquele "créqui" praxe de quem quebrou alguma coisa valiosa. Acreditem, o dedo mindinho é valioso e importante!

Sorte a minha que eu tenho um super-homem particular. Lá vou eu nos braços (ou melhor, empurrada na cadeira de rodas) por ele. Me senti dimiuída, confesso, sem conseguir andar, mas já que ele estava alí e eu com o dedo quebrado, porque não aproveitar né? SUS, here we go!
Tudo isso por volta das 6 da manhã de um sábado.

Posso assegurar que, se você quebrá-lo, sua vida vai mudar!
Primeiro, você não consegue pisar. Andar? Na primeira semana só dando pulinhos estilo saci-pererê. Na segunda já rola aquela mancadinha básica... Não colocam gesso no seu pé. O mindinho, pequeno e, no meu caso, gordinho como é, só merece ser imobilizado com seu irmão-dedo vizinho. Logo, meu destino nas próximas semanas é mancar.

Bom, no fim das contas, eu ando mancando lenta e vagarosamente. Voar só quando estou com o super-homem, mas ele não pode dar bandeira senão descobrem sua identidade!
São aproximadamente 6 semanas para que o pequetito quirodáctilo volte a ser como era antes: o esquecido e (agora mais que nunca) necessário dedo mindinho.