quinta-feira, 28 de junho de 2007

Tatu a pé

Ontém fui ver Shrek Terceiro, acompanhada de Ray, minha best friend Garota (óia o título) e o irmãozinho de Ray.
Liguei para Garota que prontamente aceitou o convite. A Garota nunca tinha ido para o Tatuapé, e a idéia de passear por lá soou como uma experiência antropológica.

Fomos parar no shopz Boulevard Metrô Tatuapé. Pasme: Sem empurrões, vidraças preservadas e pouco movimento.
Para quem não sabe, o metrô tatuapé agora tem dois shoppings: o antigo Shopping Metrô Tatuapé e o mais novo recém inaugurado Boulevard Metrô Tatuapé. Acho que a administração não curtiu a idéia de chamá-lo simplesmente de "Metrô Tatuapé 2".
Saímos aqui da linha verde em direção à famigerada linha vermelha, sentido corinthians-itaquera. Já tô mega acostumada com o trajeto. O Ray é tipo, mano da ZL saca? Mora entre o Tatuapé e a Penha. Ainda bem, magina se eu chego com ele em casa e apresento pro meu pai "Ai, ele mora em Arthur Alvim, papis!". Mó longe...

Enfim, chegamos lá. Bonitinho o shopz! Não gostei do chão... Merecia uma coisinha mais bonitinha, mas tudo bem, nada é perfeito! Fomos direto para o cinema comprar nossos ingressos. Batemos um papinho antes de entrar. Pontuais, 20 minutos antes da sessão já estávamos em nossos lugares. Tudo estava indo na maior tranquilidade quando, durante o trailler... Adentram na sala uns 20 kids. Kids, pivetes, menininhas e menininhos falado alto e rindo, passando na nossa frente para escolher lugar. "Ah vamo fica aqui mesmo". Chirla desejando "Pelamordedeus vão lá pra trás!". Sentaram na nossa frente, e , como não cabiam todos na mesma fileira, sentaram ao lado de Garota. Dei pra ela um sorrisinho amarelo que foi prontamente retribuído.

Aí me vem um desses querendo passar na minha frente sem pedir licença. "Vai me atropelar, é, porra?" pensei. Mas eu só disse "Licença?????". O ser humano passa nas carreiras e para em frente de Garota: "Desculpe, você me perdoa?". "Apenas passe", proferi. Chirla, a tiazona chata do cine.

Durante o trailler é aquele blá blá blá, a menina da ponta da fileira falando com a da outra ponta, xingamentos, mãos levantando... Eu pude ler nos olhos de Garota "vai ser um inferno".

Quando o filme está começando, algumas pessoas sensatas da platéia lançam o famoso xiu para a turminha bagunceira que responde gritando"ah, tinha que ser crente!!".
Olho para Garota, que mantém a pose, e pensamos juntas "what the fuck????".

Nosso posicionamento bastante defensivo vem do fato de eu ter presenciado uma briga, briga de verdade, envolvendo até os seguranças do shopping, no cinema do irmão mais velho de Boulevard. Era a estréia do "Homem Aranha 3" e o cinema estava lotado. Nessa brincadeira de ficar fazendo bagunça, o cinema inteiro começou a xingar os baderneiros. Os kids não tão kids começaram a xingar de volta. Aí já viu né, a maior bagunça, TODO mundo gritando e xingando. Quando apagaram as luzes, uns caras que estavam no cinema foram lá pra brigar com os que estavam falando. No meio do trailler, na hora em que todo mundo tem q ficar em silêncio pois o filme vai começar, os caras saem de suas poltronas e vão lá pra bater. Pararam tudo, acenderam as luzes, os seguranças entraram e tiraram os caras que estavam brigando aos socos e chutes. No escuro só dava pra ver as mãozinhas se encontrando, contra a luz da tela.

Dessa vez a sessão foi tranquila, o filme nem é lá tão legal quanto os antecessores, mas dá pra rir. Fora que continuam os bichinhos fofos, e a participação especial das princesas (Bela Adormecida, Branca de Neve, Rapunzel, que é a maior traíra no filme, e uma traveca desconhecida que desconfio que seja a irmã menos má da Cinderela e a própria Cinderela) torna o filme muito mais legal.

De uma coisa tenho certeza: ver filmes na ZL é sempre uma aventura...!

terça-feira, 26 de junho de 2007

0

O 0 é um número, mas ele representa muitas coisas.
Por exemplo: "você tem 0 e-mails". Eu acho isso muito deprê...
"Você tem 0 novos comentários". Vixe, esse então....
Mas eu me acostumei com ele.
Pra algumas coisas ele é bom né? Por exemplo, se colocassem uns zeros no salário do meu pai, ou até então no meu ( futuro). Ai que maravilha!!!
Bom, eu odiaria ter 0 amigos. "Quantas vezes você já sorriu hoje?". Ah, esse é realmente triste...
O tom meio deprê do post é pq venho me deparando com muitos 0.
E hoje eu vou fazer 0 coisas.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Chirla sendo Chirla



É coisa de mulher, só pode.


Queria poder NÃO me importar com certas coisas e não dar valor a outras.


É, quando eu crescer eu vou aprender, talvez, a valorizar quem me valoriza!

sábado, 9 de junho de 2007

Sob o olhar de Chirla

O Rio é uma cidade engraçada...Aliás, os moradores!
Estou desfrutando meu feriadão na Cidade Maravilhosa pra fugir da friaca e da paisagem já tão clichê de Sampa.

Meu querido Ray é carioca. Sua família é daqui. Não pude recusar seu convite quando ele me chamou.

A temperatura está agradabilíssima. Aquele solzinho tímido porém constante, noites agradáveis. Tudo na casa dos 17, 25 graus, mas o povo aqui só anda de agasalho. "É que tá frio!". AHN? "Benhê eu saí de sampa e lá tava tipo, entre 8 e 18 graus!"
Bom, cada um na sua, eu tô muito é feliz com esse tempo aqui.

Descobri que os passeios turísticos aqui do Rio são de graça para cariocas. Fora o bondinho e o cristo, lá eles pagam meia. Turistão paga inteira. Que coisa estranha, eu achava que teria que ser o contrário... E aquele papo de fomentar o movimento de turistas?? Quero pagar meia também, pô!!
Ai meu deus, já na primeira frase que eu soltei para o moço que trabalhava no museu do Rui Barbosa em que fui ontém ele já sacou minha veia paulisssta.
"Você paga, ele não, ele é carioca."
"Ai moço, tipo, que sacanagem meeeuuu!"
"Tá bom vai, escreve seu nome ai nesse livrinho e um endereço do Rio que você não paga."
"Vaaleeeuu!"
Economizei dois contos. Rox.

Me lembro que quando vim para o Rio no carnaval, fui pra praia e fui apresentada pra um cara como " a namorada paulista".
"Aí, isso aqui é carioca, isso aqui é negão bicho, carioca é negão" o dito cujo me disse. Acho que eles acham que nós, paulistas paulistanos somos um bando de branquelos azedos que nunca viram um negro na vida... Ai ai ai, ele não conhece a perifa, mano! Vou levar esse cara aí pra Cidade Tiradentes pra ele deixar de me chamar de "bicho".

Ontém fui no show de despedida dos Los Hermanos. Foi demais, Ray emocionadíssimo, afinal, ele é fã. Não sofri tantos choques culturais por lá, brasileiro fica tudo igual quando tem álcool no meio.

Mas o auge da minha felicidade quanto às coisas cariocas foi a capa da Veja Rio de hoje: "Na linha de fogo.
A dura rotina dos policiais do Bope, tropa de elite da PM que é responsável pelo combate ao tráfico nas favelas cariocas e se prepara para dar segurança aos atletas no Pan."
Me emocionei. O máximo que eu tinha de notícias e conhecimento sobre o Bope eram uns funks que eu baixei no PC, tipo, funks do próprio Bope e funk do pessoal da favela, que obviamente não curtem muito o Bope.
Eles entram nas favelas com esse mini-tanque blindado da foto e atiram para todos os lados para lutar contra o tráfico. Não há quem pare esse carro, ele anda arrastando tudo o que tem na frente.

Acho que meu deslumbre vem do fato de eu não ter notícias sobre operações similares em São Paulo; no Rio as coisas são mais disseminadas. Agora imaginem comigo: pessoal curtindo o Pan, turistas gringos e brazucas alí curtindo um funk e vendo os atletas quando, de repente, passa esse carrinho cheio de policial de preto e com armas gigantes para parar algum ataque a ônibus e similares.

Eu adoro o Rio, espero voltar mais vezes!!!!!!!!!!

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Meu primeiro curta

A princípio parece fácil... " são só captar algumas cenas e pronto"!
Nananinanão. O processo é um pouco mais complicado que isso.

Estou fazendo um trabalho na faculdade que envolve camêras (eeeeeee)! Comemoro porque, no primeiro ano, não podíamos executar nenhum de nossos projetos. O máximo que poderíamos fazer era um trequinho no estúdio, trequinho pré-determinado pelo professor. Agora, no segundo ano, podemos gravar na rua (eeeee) mas com a presença de um camera-man para manusear a câmera. Isso me lembra aquele comercial:

"Chirla queria sair por São Paulo para captar as cenas de seu curta, mas aceitou andar só pela Paulista."
"Tudo bem!"

É, podemos sair da faculdade, mas não do trecho pré-determinado pelo professor: Av. Paulista. Mais especificamente do trecho do que vai do número 1000 ao 1500. Temos que fazer um curta mostrando esse trecho.

Tudo começa pela parte da pré-produção do nosso gloriooooso curta. Precisamos de uma escaleta, um roteiro, um story board, pedir autorizações, ver se vai chover... Essa é a parte mais chata. É a parte em que precisamos construir nosso roteiro, e num grupo de cinco pessoas completamente distintas fica bastante difícil. Até que eu tive uma luz, uma luz advinda da idéia de um outro integrante: "Porquê não gravamos esse trecho sob um olhar diferente? Uma câmera subjetiva que representaria... Um cachorro!"
"Ah... até que é uma boa idéa!"

YES consegui!!!!! O roteiro é mais ou menos esse: Uma garota vai passear com seu cachorro no vão do Masp. Enquanto ela lê seu livrinho, adormece e seu dog foge. Nessa parte usamos uma atriz ( no caso, eu) e um cachorro disciplinado ( no caso, o meu). Eu durmo e o safado foge.
Posso dizer que fui uma ótima atriz, mas o meu dog, um poodle preto chamado Lord Darth Vader ( há, eu sou fã de Star Wars!) que atende pelo singelo "Lord" me surpreendeu. Fez tudo o que foi preciso e muito mais. Com sua bolinha amarela, andava pelo vão chamando a atenção de todas as pessoas que alí estavam. Parecia até um ator famoso!!!

Depois dessa cena com o cachorro, que durou quase 40 minutos para ser gravada, levo o ator canino para casa e vamos filmar pela paulista. Como o olhar é o de um cachorro, a câmera tem que filmar por baixo também. O camera tem que andar meio agachado segurando a câmera. Entre suas aventuras pela paulista, o "lord" cheira postes, brinca com outros cachorros, é acariciado por engraxates, corre para atravessar a rua e olha para os prédios. Tudo em preto em branco, afinal, dizem que cachorros veêm tudo em PB. A produção consistiu em pedir para as pessoas interagirem com a câmera como se fosse um cachorro. Só não funcionou para o outro cachorro que apareceu, esse achou realmente que a câmera fosse o Lord. Brincou, latiu e tentou mordê-la.

Gravamos até aí. Na quarta feira vamos fazer filmagens noturnas para registrar a paulista em um horário diferente, com luzes diferentes e pessoas diferentes. Mas o Lord continua o mesmo!