sexta-feira, 24 de setembro de 2010

"Nighters"

Tá na moda essa parada de trocar a noite pelo dia ou eu finalmente encontrei meus companheiros notívagos, tão solitários e escondidos na profunda imensidão noturna?

Fato, eu sempre troquei o dia pela noite. Sempre preferi ficar acordada na madrugada calada e aconchegante. Longe de anti-socialismo ou de algum traço depressivo, é nesse horário que meu cérebro faz com que eu fique mais ativa e, consequentemente, mais sociável.

Com minhas novas experiências profissionais, encontrei uma meia dúzia de concorrentes. Pessoas que, como eu, preferem a noite. E o engraçado é que manter-se acordado de madrugada é, consequentemente, manter-se sozinho, na esfera real da sociedade. Digo isso porque eu só encontro os solitários notívagos virtualmente. Duvido que eles estejam acompanhados de seus respectivos cônjuges ou familiares enquanto deixam seu rastro pela esfera virtual (vide CHIRLA).

Certa vez um amigo meu me chamou de "dama da noite", a flor que só desabrocha a noite. Agradeci com um =), sorri para o computador e desejei bom dia, porque meu pai já já acorda, e eu tenho o costume de tomar café da manhã com ele. Café pra eu dormir e o café de mais um dia de luta dele. Beijos e bom dia =*


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sou chata mas sou legal


Desde que me conheço por gente eu me considero chata mas legal. Eu sei reconhecer que, como todo mundo, eu tenho o dark side mas tenho também o lado simpático e carismático.
Então e daí?

Eu sempre fui uma pessoa difícil. Quando pequena, as tias me davam presentes que eu jogava no chão e pisava em cima se fosse algo que eu já tivesse ou que eu não gostasse.
Continuo torcendo o nariz para peixes e camarão, mas não espere que eu vá chutar uma panela de comida como eu fazia como quando era pequena. Não, hoje eu também sei ser legal.

No campo do relacionamento, ah, nesse sim eu continuo chata mas legal.
Na época do colégio eu tinha poucas amigas, poucas e boas, mas mesmo assim uma pequena discordância aqui e uma picuinha ali já me tirava do sério e era motivo para discutir. Todas, todas mesmo tiveram que suportar e aguentar esse meu lado chato. Eu, teimosa, achava que eu estava certa e meu orgulho me cegava a ponto de eu achar que estava sozinha na ilha da razão e todos em volta estavam errados. Até que o sangue esfriava, eu dormia e no dia seguinte, flores, abraços e desculpas.

Hoje eu controlo esse lado. Sei reconhecer meus erros e sei que meu orgulho é inflado e não é o único, mas não arredo o pé do chão se eu achar que estou certa.
Isso gerou, na faculdade, um certo afastamento de uns e outros. Só convivo com os poucos e bons amigos que sabem que esse meu orgulho teimoso as vezes sai do armário só para brincar com os outros.
Na mailing list da facul eu consegui discutir com quase todo mundo. Era só aparecer uma faísca e eu logo me jogava para aquecer (ou gerar) uma discussão. Já me disseram "Ah, a Chirla brigava com todo mundo no e-mail né?", muitas vezes que eu só provocava para criar uma polêmica. É pretensioso meu pensamento, mas coitados daqueles que sempre acreditavam no meu falso furor virtual. Eu estava dando risada das facas que atiravam contra mim. Quem me conhecia sabia que do outro lado, eu estava me acabando de rir.

Aqui eu concluo que eu sei ser chata e que sim, eu sou legal e que eu não gosto de ser legal o tempo todo. Eu sempre lembro mais daqueles que, como eu, sabem que o drama é uma arte.
É, isso mesmo. Sou chata mas sou legal.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Ter certeza é incrível.
Imagine, você ter certeza de como será sua noite de sono, o seu dia de trabalho e de suas férias em janeiro!
A minha certeza caminha loooonge da rotina, longe da mesmice, e isso a faz mais incrível ainda.

Longe também de papos e livros de auto-ajuda, encerro minha mensagem matinal com otimismo e festejando por esse mar ser cheio de ondas fortes e renovadoras.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Nunca satisfeita


Me falta o revés, aquele "quê" de contrariedade que me faz ficar com uma raiva satisfatoriamente complementar a mim.
A onda que bate e me derruba, enche meu cabelo de areia e minha boca de sal.

Se você está aí, me devolva por favor.