
A Chirla percebe que está num momento agradável de sua vida quando, de repente, dá aqueles sorrisinhos timidos para um teclado qualquer, uma porta de metrô, ou até para um espelho. Nessas situações ela percebe que algo vem tornando seus recentes momentos sozinha em momentos para sorrir.
Sei que sorrisos deveriam e devem ser dados quando quiser e puder, sem se importar com as linhas de expressões resultantes de seu uso freqüente. Mas a sensação é mais gostosa quando você percebe a presença deles sem perceber, quando eles simplesmente visitam seus lábios sem aviso prévio.
A felicidade é boa porque ela é momentânea. Não estou repudiando dela, estou enaltecendo seu caráter quase esporádico e único. Enquanto eu aproveito essa onda de otimismo, revelo para os meus também esporádicos leitores que apesar dos maremotos, furacões e abalos sísmicos apocalípticos que insistem em aparecer em minha vida, eu sempre guardo momentos para os agora já tão íntimos sorrisos.